Infelizmente, no Brasil, política tornou-se sinônimo de meio fácil de ganhar dinheiro e sem trabalhar. Sinônimo de conchavos, de maracutaia, de negociatas e roubalheira. Nas palavras da deputada federal, pela Bahia, Alice Portugal, de passagem por Livramento, política deveria ser "a arte de persuadir para transformar e não para negociar nem para corromper". Eu ousaria dizer que é também o bem administrar a coisa pública no benefício de todos, de possibilitar que os ricos não fiquem pobres e que os pobres fiquem ricos ou, na pior das hipóteses, que resgatem e preservem sua dignidade (são muitos os que já a perderam), que vivam em padrões seguros e confortáveis.
Qualquer reflexão que faço, seja política ou mesmo filosófica, volto-me para Livramento de Nossa Senhora, esse pequenino pedaço de chão onde saltei para o mundo. Sempre sonho que aqui seja um modelo para o Estado da Bahia ou, porque não, o Brasil e o mundo, no que se refere ao bem viver, à correção das injustiças, à aplicação da lei e, principalmente, à eliminação da miséria, do sofrimento. Há pessoas vivendo bem, por aqui, graças a Deus, mas a pobreza endêmica, banalizada, ainda é algo perturbador entre nós e que nunca pode deixar de nos causar indignação.
E a solução passa, primeiro pela reflexão e conscientização de todos os cidadãos dessa terra, depois pelo processo político, um processo que acalante um sonho paradisíaco para esse chão. Falo de algo grandioso, que venha do íntimo de cada ser, que comece no pensar uma comunidade em que todos vivam em paz e fartamente. Não é um mero sonho e, ainda que fosse, a realidade começa pelos sonhos. Os grandes homens e realizadores da humanidade nada mais fizeram a não ser transformar em obras o que sonharam. Para conseguir, basta planejar e combater o egoísmo e a corrupção. Se não soubermos o que fazer nem como fazer, por ora acho que basta pensar nisso e começar a acreditar que é possível.
Pensar, sobretudo, que fomos historicamente enganados por quase todos aqueles a quem confiamos nosso futuro, que enriqueceram administrando nosso município, deixando muitos dos nossos irmãos na miséria. Que fizeram a política do clientelismo, da subjugação eleitoreira, através, por exemplo, da doação de dentaduras e sacos de cimento aos desesperados, que necessitam de tanto, não por serem inúteis, mas pelo tudo que lhe foi tirado. Esse tirar homeopático que robustece a usura de uns, esmaga a dignidade de outros e trança o tecido da injustiça social, eterna cadeia dos que não podem reagir.
Temos hoje um governo que promete resgatar nossos sonhos, nossas esperanças, fazendo-nos confiar nele. Pelo menos por ora, temos a obrigação de dar esse voto. Se também nos enganar, irá igualmente para a vala fétida dos ordinários. Não sei exatamente explicar a razão disso, mas sou doente de confiar na humanidade dos médicos, até que nos traiam, e na doçura, clemência e sensibilidade das primeiras-damas, principalmente as que aparentemente não sabem sorrir, mas demonstram que no íntimo sabem sentir.
"O Mandacaru" deseja que todos tenham a bênção de Jesus Cristo e a inspiração do Espírito Santo, para realizar tudo que planejou de bom para 2006!
Esclarecimentos....................................................................
O vereador Ricardo Matias enviou nota ao "O Mandacaru" justificando o voto favorável ao Projeto de Lei que instituiu o Código Tributário e de Rendas de Livramento, aprovado na sessão extraordinária da Câmara, em 24.12.2005, prevendo a chamada "Cosip". Isso foi considerado uma incoerência, devido à emenda que apresentou suprimindo o encargo, mas ressalvando ser a favor do restante do Código, cuja aprovação ocorreria com ou sem o seu voto. Rebatendo críticas da oposição, salienta que, nesse caso, seria bem mais cômodo votar contra o Código como um todo, pois seria voto vencido, mas preferiu não ser conveniente. Clique aqui e leia íntegra dos esclarecimentos.
De volta à terra..............................................................
O deputado Nelson Leal está de malas prontas para residir em Livramento, uma de suas bases eleitorais, embora não seja a mais importante, mesmo sendo sua terra natal. Cumpre o velho ritual de só buscar os eleitores nas vésperas das eleições, pois em 2006 a campanha política será acirrada, principalmente para ele que negou obediência ao chefão ACM. Como pouco dedicou do seu mandato aos livramentenses, Nelson terá de trazer na pasta um discurso bem afiado e terá de ser muito convincente.
Ules refundada................................................................
Um grupo de estudantes ligados às residências estudantis de Livramento em Vitória da Conquista e Salvador ressuscitaram, pelo menos formalmente, a antiga União Livramentense dos Estudantes Secudários-ULES, agora sem o "Secundário", pois engloba toda categoria. Diretoria eleita: Júlio Rodrigues Xavier Meira (presidente); Âgelo Manoel (1º vice-presidente); Leonardo Moreira (2º vice-presidente); Marcos Gayson (secretário); Janderson Castro (tesoureiro); Fabiana Benício (diretora de imprensa e divulgação); e Bertone Pessoa (diretor de esportes e eventos culturais).
Governo misto..................................................................
A deputada federal Alice Portugal, falando na reunião dos estudantes que ressuscitaram a antiga União Livramentense dos Estudantes Secundários-ULES, qualificou de "misto" o governo do presidente Lula, do qual fazem parte os que querem e os que não querem as mudanças. Atribuiu isso às alianças feitas pelo presidente para conseguir se eleger. Ao historiar as diversas fases do movimento estudantil, a deputada disse que hoje ele vive as dificuldades de uma "república urdida por generais e governada pelos ricos".
Sempre a favor...............................................................
"Defendi no passado e defendo agora. Nenhum governante tem condições de governar sem os impostos". Palavras do vereador Everaldo Santos Gomes, na sessão da Câmara que rejeitou a "Emenda Ricardo", que suprimia a "Cosip" do projeto de lei de código tributário do município. Ele foi a favor de mais esse encargo para a população, esquecendo-se de que a iluminação pública já era custeada por outros impostos pagos pelo contribuinte; e que "imposto" não é requisito ou pressuposto e muito menos garantia de governabilidade.
Frases de efeito.............................................................
Frases do vereador Ricardo Matias, na sessão extraordinária da Câmara que rejeitou sua emenda suprimindo a "Cosip" do projeto de lei que instituiu o Código Tributário e de Rendas de Livramento: "o vereador não é de prefeito nenhum"; "vereador João Louzada que defende os pobres e agora quer taxar os pobres"; "não dormiria em paz ao sair daqui, se não mantivesse minha coerência"; e "só deus tiraria minha emenda". Na sessão extraordinária do dia seguinte, o Código foi aprovado, com a "Cosip".
Não aprovados................................................................
Ao contrário do que foi passado ao "O Mandacaru", o projeto de lei instituindo a obrigatoriedade das agências bancárias atenderem os clientes no tempo máximo de 15 minutos (Lei dos 15 minutos) e o que disciplina as circunstâncias que caracterizariam assédio moral no âmbito do serviço público (Lei do Assédio Moral) ainda não foram aprovados. É lamentável, pois seriam os projetos mais significativos do parlamento municipal do ano de 2005.
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